Trombose venosa profunda

A trombose pode ocorrer em uma veia situada na superfície corporal, logo abaixo da pele. Nessa localização, é chamada de tromboflebite superficial ou simplesmente tromboflebite ou flebite. Quando o trombo se forma em veias profundas, no interior dos músculos, caracteriza a trombose venosa profunda ou TVP.

Em qualquer localização, o trombo irá provocar uma inflamação na veia, podendo permanecer restrito ao local inicial de formação ou se estender ao longo da mesma, provocando sua obstrução parcial ou total.

Os fatores que favorecem a trombose são classificados em três grupos:

1 – Estase: É a estagnação do sangue dentro da veia. Isto ocorre durante a inatividade prolongada, tal como permanecer sentado por longo período de tempo (viagens de avião), pessoas acamadas, cirurgias prolongadas, dificuldade de deambulação, obesidade, etc.

2 – Traumatismo na veia: Qualquer fator que provoque lesão na fina e lisa camada interna da veia, tais como trauma, introdução de medicação venosa, cateterismo, trombose anterior, infecções, etc.

3 – Estado de hipercoagulabilidade: Situação em que há um desequilíbrio em favor dos fatores pró-coagulantes. Isto pode ocorrer em portadores de alterações sanguíneas específicas.

A TVP pode se apresentar com sintomas não tão claros, dificultando seu diagnóstico. Para ter segurança, o médico pode solicitar exames especiais como o Ecodoppler. Há quem solicite um exame de sangue para dosagem de uma substância, chamada Dímero D, que se apresenta em níveis elevados quando ocorre uma trombose aguda. Embora o teste do Dímero D seja muito sensível, não é muito conclusivo, visto que ele pode estar elevado em outras situações.

Como complicações imediatas ou agudas, a mais temida é a embolia pulmonar. No que diz respeito a complicações tardias, tudo se resume numa síndrome chamada Insuficiência Venosa Crônica (IVC), que se inicia com a destruição das válvulas existentes nas veias e que seriam responsáveis por direcionar o sangue para o coração. O sinal mais precoce da IVC é o edema, seguido do aumento de veias varicosas e alterações da cor da pele. Se o paciente não é submetido a um tratamento adequado, segue-se o endurecimento do tecido subcutâneo, presença de eczema e, por fim, a tão temida úlcera de estase ou úlcera venosa.

Basicamente, o tratamento ocorre através do uso de anticoagulantes. Hoje o mercado disponibiliza opções por via oral, com efeito de início quase imediato, que tem dispensado a necessidade de internação hospitalar. Existem ainda procedimentos de exceção para minimizar complicações, como a colocação de filtro de veia cava, fibrinólise e angioplastia com stent.

Como prevenção, a principal providência é combater a estase venosa, isto é, fazer o sangue venoso circular, facilitando seu retorno ao coração. Dentro do possível, atente para estas recomendações:

1. Faça caminhadas regularmente;

2. Nas situações em que necessite permanecer sentado por muito tempo, procure movimentar os pés;

3. Quando estiver em pé parado, mova-se discretamente como se estivesse andando sem sair do lugar;

4. Antes das viagens de longa distância, fale com seu médico sobre a possibilidade de usar alguma medicação preventiva ou meias elásticas;

5. Quando permanecer acamado, faça movimentos com os pés e as pernas. Se necessário, solicite ajuda de alguém;

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